sábado, 16 de junho de 2018

"Boitempo" - Carlos Drummond de Andrade (1968) - Dedicatória para Antonio Maia.

"Boitempo e A falta que ama" foi editado pela editora Sabiá em 1968. A Sabiá foi criada após um desentendimento entre os sócios da Editora Do Autor e, com a divisão, Rubem Braga e Fernando Sabino fundaram a nova casa editora em 1966.

Esta primeira edição saiu do prelo em Outubro de 1968, com capa desenvolvida pelo cartunista Ziraldo.

Tenho uma admiração especial pela Sabiá pois acredito ter sido difícil, em plena ditadura militar, editar muitos autores considerados subversivos pelo poder estabelecido. Em Dezembro de 1968 a Sabiá planejou uma festa no MAM (RJ) para lançar alguns livros como "Revolução dentro da paz" de Dom Hélder Câmara e "Roda Viva" de Chico Buarque e foi surpreendida com o AI5 do governo militar, tendo que cancelar a festa. Em 1972 a editora é adquirida pela José Olympio.

Este exemplar foi dedicado, no Natal de 1968, para o artista plástico Antonio Maia. Sergipano radicado no Rio de Janeiro desde 1955, Antonio Maia exerceu a atividade de pintor e adotou como estilo o abstracionismo informal.
(Fonte de consulta biográfica e imagem do pintor: site guiadasartes.com.br.)

Capa da primeira edição da obra.

Detalhe da lombada.

Detalhe da capa de Ziraldo.



Contracapa da primeira edição.

Dedicatória de Carlos Drummond de Andrade
para o artista plástico Antonio Maia.

Detalhe da "orelha" da capa.

Folha de rosto da obra.

Numeração do exemplar.


Detalhe tipográfico.

Data da edição.


Pintor Antonio Maia (imagem extraída do
site guiadasartes.com.br).

Exemplo da arte de Antonio Maia.

quarta-feira, 13 de junho de 2018

"Andorinha, Andorinha" - Manuel Bandeira (1966) Dedicatória especial.

"Andorinha, Andorinha", já postado aqui no Blog em duas ocasiões, foi editado como parte da comemoração do aniversário de 80 anos do Bardo Manuel Bandeira. Com coleção de textos organizada por Carlos Drummond de Andrade e ilustrações de Luis Jardim, o livro saiu do prelo da Livraria Editora José Olympio em Março de 1966.

Este exemplar, recentemente adicionado a minha coleção, foi dedicado pelo poeta para o Marechal Nélson de Melo.

Nélson de Mello (ou Nélson de Mello na ortografia antiga) foi militar de carreira e participou da Revolução de 30, que colocou Getúlio Vargas no poder. Em 1944, ocupando a patente de coronel, fez parte da FEB (Força Expedicionária Brasileira) na campanha da Itália. Em 1956, com a posse de Juscelino Kubitschek, foi nomeado chefe do Gabinete Militar da Presidência da República. É promovido a General de divisão ainda em 1956 e a General de Exército em Novembro de 1959. Em Outubro de 1961 foi nomeado, pelo então Presidente João Goulart, Comandante do II Exército e em Julho de 1962 torna-se Ministro da Guerra. Em Dezembro de 1963 Nélson de Melo é transferido para a reserva, já no posto de Marechal, e foi então reformado em Junho de 1969. Em 1970 passa a integrar a diretoria da empresa Ericsson do Brasil. Crédito: biografia extraída da página da FGV na Internet.

Capa da obra de Manuel Bandeira.

Detalhe da capa.




Contracapa da obra.





Dedicatória de Manuel Bandeira para o
Marechal Nélson de Melo.

Detalhe do autógrafo de Manuel Bandeira.


Página de rosto.


Poema que batiza o volume.

Bico de pena de Luis Jardim.

Detalhe tipográfico.

Marechal Nélson de Melo
Crédito da foto: Site da FGV